A indústria dos games vem tomando atitudes cada vez mais controversas com seus consumidores, desde microtransações nos jogos até o fato de comprar um jogo não significar mais que ele seja realmente seu, algo que revolta jogadores ao redor do mundo, principalmente porque jogos não são um meio de entretenimento barato para a maioria.

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Mas isso não é tudo. Agora, quem deu o próximo passo foi a Ubisoft, desenvolvedora de grandes títulos como Assassin's Creed, Far Cry e Watch Dogs, porém que vem sendo cada vez mais criticada e rejeitada pela comunidade gamer.

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Em seu Contrato de Licença do Usuário Final (EULA), a Ubisoft agora exige que, caso um jogo seja descontinuado, os jogadores que o possuem devem desinstalá-lo e destruir suas cópias físicas, uma atitude que vem sendo veementemente criticada pelos consumidores.

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No contrato, a empresa afirma que ela ou seu licenciador podem descontinuar o projeto a qualquer momento e por qualquer motivo, sem necessidade de explicações adicionais, encerrando assim todo e qualquer suporte ao título. Algo semelhante ocorreu recentemente com o jogo The Crew, da própria Ubisoft, que foi removido da biblioteca dos jogadores, sendo palco de uma das maiores polêmicas atuais da indústria.

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Segundo o contrato, no caso de o jogo ter seu suporte encerrado, “o jogador que o detém deve o desinstalar e destruir todas as cópias que estejam sob sua posse”, o que abre precedentes perigosos para toda a indústria de games.

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Entre esses precedentes está o risco de que, ao lançar um remake, as empresas passem a simplesmente retirar os jogos originais das lojas e das bibliotecas dos jogadores, forçando os consumidores a comprar o mesmo jogo novamente, até mesmo por preço cheio, seja em edições remasterizadas ou versões definitivas.

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Esse tipo de atitude por parte das desenvolvedoras vem se tornando cada vez mais comum, e os jogadores, por sua vez, têm buscado formas de se proteger, com diversos movimentos e jargões surgindo para protestar contra práticas que priorizam apenas o lucro, deixando o bem-estar do consumidor de lado.

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Frases como “Se comprar não é possuir, piratear não é roubar” estão sendo frequentemente utilizadas por jogadores que, mesmo preferindo adquirir seus jogos de forma legal, não encontram mais sentido em fazê-lo diante desse cenário.

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Além disso, o movimento Stop Killing Games, criado por Ross Scott, visa convencer a União Europeia a proibir esse tipo de prática, defendendo que os consumidores mantenham o direito de acesso aos jogos que compraram. Embora seja um movimento europeu, há quem espere que a pressão por direitos se expanda globalmente, caso a iniciativa seja acolhida pelas autoridades europeias.

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Infelizmente, esse tipo de postura já se tornou comum. Hoje, comprar um jogo que custa R$ 300 ou até R$ 450 não garante mais a posse definitiva do título, o que levanta a questão: o que poderá proteger os consumidores dessas práticas predatórias?

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Por enquanto, o movimento Stop Killing Games tem se saído bem, tendo atingido o número mínimo de assinaturas para que o tema seja debatido pela União Europeia. 

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Agora, nos resta esperar e torcer para que seja alcançado um equilíbrio entre os interesses dos jogadores e das empresas. Afinal, um lado não precisa perder para o outro ganhar mas, da forma como está, quem mais perde são os consumidores.

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Nós, da GameFoxHub, acompanharemos de perto todo esse caso e traremos atualizações. Fiquem ligados!

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