Jogo polêmico é removido da Steam
Informações Básicas
ATENÇÃO! A reportagem a seguir aborda temas delicados, como abusos em relações familiares, condutas inadequadas e comportamentos discriminatórios contra mulheres. O conteúdo pode causar desconforto a algumas pessoas e não é indicado para menores de idade ou para quem prefira evitar leituras com esse tipo de abordagem.
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O jogo "No Mercy" foi removido da plataforma Steam após intensas críticas e denúncias de que promovia violência sexual e práticas consideradas criminosas. Desenvolvido pela Zerat Games, o título permitia ao jogador assumir o papel de um homem que abusa de mulheres, incluindo sua própria mãe, em um enredo que glorificava o domínio masculino e a submissão feminina. A sinopse do jogo incentivava o jogador a "nunca aceitar o não como resposta" e a "se tornar o pior pesadelo dequalquer mulher".
A remoção do jogo começou no Reino Unido e se estendeu para países como Austrália, Canadá e Portugal e Brasil. No Reino Unido, a ministra do Interior, Yvette Cooper, classificou o conteúdo do jogo como "repugnante" e afirmou que ele já é ilegal sob a legislação vigente, impulsionando a nova Lei de Segurança Online para eliminar materiais que sejam prejudiciais ou incentivem tais práticas.
Em um comunicado oficial, a organização "Centro Nacional de Exploração Sexual dos Estados Unidos" (NCOSE em sua sigla original) pediu a retirada global do jogo em qualquer plataforma, destacando que ele promove violência sexual explícita e comportamento misógino. A desenvolvedora ZeratGames defendeu o jogo, alegando que se trata apenas de ficção e que muitas pessoas confundem ficção com realidade. Em comunicado, a empresa pediu desculpas a quem considerou que o jogo não deveria ter sido criado. A Zerat afirmou que não pretende lutar contra o mundo inteiro e que não quer causar problemas à Steam.
A controvérsia em torno de "No Mercy" reviveu o debate sobre os limites do conteúdo permitido em plataformas digitais e a responsabilidade das empresas em moderar jogos que possam influenciar negativamente os usuários. A Valve, empresa responsável pela Steam, já enfrentou críticas anteriormente por permitir jogos com conteúdo sexual explícito e tem adotado uma postura mais restritiva em relação a jogos que envolvem temas sensíveis.
A remoção de "No Mercy" da Steam evidencia uma crescente preocupação global com a presença de conteúdos que incentivam a violência e a objetificação feminina, especialmente em ambientes digitais acessíveis a um público amplo — incluindo jovens em sua maioria. A forte repercussão em torno do jogo mostra que há um movimento, tanto por parte do público quanto das autoridades, para regulamentar o tipo de material permitido nessas plataformas. O episódio também reacende o debate sobre os limites da chamada “liberdade artística”, reforçando a necessidade de regras claras que priorizem obem-estar e a integridade dos usuários.
Nota do Crítico
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