O que são jogos roguelike?

Nos últimos anos, os roguelikes conquistaram um espaço de destaque no cenário dos videogames. Mas, afinal, o que significa esse termo?De onde veio? E por que tantos jogadores ficam fascinados com a experiência única que esse gênero proporciona? Mergulhe com a GameFoxHub no universo dos roguelikes, entendendo suas origens, principais características e como eles moldam a forma que jogamos.

Sim, é esse o jogo considerado como o "pai" dos roguelikes!

O nome “roguelike” nasceu a partir do jogo "Rogue", lançado em 1980. Trata-se de um título que, apesar de simples nos gráficos, oferecia algo inovador para a época: cenários gerados de forma aleatória e uma dificuldade que não dava mole para o jogador. Os jogos que seguiram sua fórmula foram classificados como “rogue-likes”, ou seja, em tradução livre: “semelhantes (ou parecidos) com Rogue”.

Com o passar do tempo, esse termo deixou de se referir apenas a cópias diretas e passou a ser utilizado como uma categoria em si, abrangendo títulos modernos que compartilham do mesmo espírito: imprevisibilidade e desafio.

Embora cada jogo traga suas próprias variações, alguns pontos são considerados fundamentais para que uma obra seja classificada como roguelike:

- Mapas que nunca se repetem

Nada de mapas fixos! Em um roguelike, cada partida traz cenários novos, criados por algoritmos de geração aleatória. Esse fator garante a rejogabilidade, ou seja, a vontade de jogar repetidas vezes, já que nunca sabemos exatamente o que vamos encontrar.

- Morreu? Game over de verdade

‍Aqui não existe “tentar de novo do mesmo ponto”. Quando o personagem morre, a jornada acaba e muitas vezes tudo volta ao início. Esse detalhe intensifica a tensão da jogabilidade e valoriza cada decisão do jogador, já que qualquer erro pode ser fatal.

- Prepare-se para suar

‍Os roguelikes não foram feitos para oferecer facilidades. Pelo contrário: eles desafiam a paciência e a inteligência do jogador. Cada encontro exige cautela, planejamento e, muitas vezes, improviso.

- Esqueça o roteiro: aqui você faz seu próprio caminho

Um roguelike não segue à risca uma narrativa tradicional. Muitos priorizam a liberdade de exploração, oferecendo diferentes caminhos e possibilidades a cada nova tentativa.

Com o tempo, surgiram também os roguelites, uma variação mais acessível do gênero. Diferente dos roguelikes clássicos, os roguelites permitem algum tipo de progresso permanente entre uma tentativa e outra, seja por meio de melhorias, desbloqueio de personagens ou o aprimoramento de habilidades. Embora os puristas prefiram a dificuldade implacável dos roguelikes “raiz”, a popularização dos roguelites abriu espaço para mais jogadores experimentarem esse estilo único.

Ainda que o objetivo aqui seja destacar os elementos desse estilo de jogo,é impossível não citar alguns títulos que exemplificam bem o gênero. Clássicos como NetHack e ADOM ajudaram a consolidar a identidade dos roguelikes, enquanto versões modernas como The Binding of Isaac, Hades e Dead Cells levaram a fórmula para públicos maiores, adaptando-a a visuais mais sofisticados e mecânicas variadas.

Se você busca uma experiência desafiadora, imprevisível e capaz de manter o frescor mesmo após dezenas de tentativas, os roguelikes são uma excelente escolha para uma boa renovada na sua biblioteca. O gênero engloba sorte, habilidade e estratégia em um ciclo viciante: cada derrota é, ao mesmo tempo, um obstáculo e um convite para tentar mais uma vez.

Transcendendo a condição de ser só um estilo de jogo, osroguelikes representam uma filosofia de design: valorizar a incerteza, a dificuldade e a capacidade de recomeçar sempre. Cada partida é uma nova história, única em sua imprevisibilidade. Seja você um jogador novato ou veterano,mergulhar nos desafios de um roguelike é se arriscar a conhecer um universo onde só os mais persistentes descobrem a verdadeira recompensa.