O cinema nacional é recheado de filmes bons, desde boas comédias até excelentes dramas. Por muito tempo, houve um certo preconceito em relação às produções cinematográficas brasileiras, muito por conta dos filmes nacionais que ganham notoriedade serem, em sua maioria, comédias com um humor “duvidoso”, sustentado apenas por referências fúteis e piadas escatológicas. No entanto, o nosso cinema vai muito além disso. Então, pode se acomodar e vamos descobrir alguns dos melhores filmes nacionais disponíveis na.

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[[link]]Central do Brasil[[link]]

Não poderíamos começar essa lista senão com Central do Brasil, considerado por muitos como o melhor filme nacional já feito, rendendo para Fernanda Montenegro uma indicação ao Oscar e que, para muitos, ela deveria ter ganhado — além de uma indicação de melhor filme estrangeiro. No Rotten Tomatoes, o longa conta com 94% de aprovação.

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A trama segue Dora, uma ex-professora amargurada que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, mas que não as envia. Após a morte de uma cliente, Dora se vê responsável por Josué, um menino de 9 anos, e embarca com ele em uma viagem pelo Nordeste em busca do pai do garoto.

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O filme é muito marcante, com uma história bonita, destacada por atuações excelentes, até mesmo por parte do ator que faz o Josué, que na época tinha apenas 12 anos. O final do filme também é incrível, mas para saber como é, você deverá assistir ao filme.

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[[link]]Tropa de Elite[[link]]

Tropa de Elite é um clássico nacional atemporal, lançado em 2008, e conquistou o público pela forma crua e direta como retrata problemas estruturais do Brasil, como o tráfico de drogas, a violência policial e a ineficiência do sistema em lidar com a criminalidade no país.

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Apesar de não contar com uma nota alta no Rotten Tomatoes, não se deixe enganar: Tropa de Elite tem tudo que um bom filme de ação precisa — um protagonista carismático, personagens secundários marcantes, como o Capitão Nascimento, interpretado magistralmente por Wagner Moura, boas sequências de ação e ainda é carregado de críticas sociais que seguem relevantes até hoje.

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O longa acompanha as operações do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no Rio de Janeiro, pouco antes da visita do Papa João Paulo II, em 1997.

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[[link]]O Doutrinador[[link]]

Sendo muito conhecido como o filme de herói brasileiro, O Doutrinador é um filme de ação baseado na HQ de Luciano Cunha. O longa é carregado de críticas sociais, principalmente voltadas à corrupção dentro da política, um tema extremamente atual no Brasil.

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O filme não conta com notas no Rotten Tomatoes, o que já era esperado, afinal, não ganhou tanta notoriedade no lançamento — algo lamentável, pois o filme é muito competente em sua proposta e, como dito anteriormente, é repleto de críticas importantes sobre política e corrupção.

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A trama acompanha Miguel Montessant, um agente federal altamente treinado que, após uma tragédia pessoal, decide combater a corrupção com as próprias mãos. Assumindo a identidade de um vigilante mascarado, conhecido como O Doutrinador, ele inicia uma cruzada contra políticos e empresários corruptos que dominam o país.

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[[link]]Que Horas Ela Volta[[link]]

Que Horas Ela Volta? é um filme que aborda questões sociais profundamente relevantes, como a desigualdade social no Brasil e a realidade das empregadas domésticas no país.

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A trama acompanha Val (interpretada por Regina Casé), uma empregada doméstica que trabalha para uma família de classe alta em São Paulo. Ela vive na casa dos patrões e cuida do filho deles, com quem desenvolveu uma relação afetiva ao longo dos anos. A rotina de Val muda drasticamente quando sua filha, Jéssica, vem do Nordeste para prestar vestibular na cidade e se hospeda na casa dos patrões.

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O filme traz críticas duras à desigualdade social, com a personagem Jéssica sendo a principal figura questionadora dentro daquele ambiente. O longa foi muito bem recebido pela crítica e conta com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes.

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[[link]]Cidade de areia[[link]]

Casa de Areia é um dos filmes nacionais mais elogiados, estrelado por Fernanda Montenegro que também brilhou em Central do Brasil e sua filha Fernanda Torres, que recentemente foi premiada com o Globo de Ouro por sua atuação em Ainda Estou Aqui. O longa conta com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes.

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A história acompanha uma mãe e sua filha que são levadas a viver em uma região isolada no deserto do Maranhão, enfrentando os desafios do isolamento, da resiliência e de conflitos familiares. O filme se destaca por suas atuações marcantes e por uma fotografia belíssima, que reforça o clima de solidão e introspecção da narrativa.

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Além disso, Casa de Areia é uma obra que se permite contemplar o tempo, mostrando o envelhecimento das personagens e a passagem de gerações em meio à imobilidade física daquele cenário. É um filme que exige sensibilidade do espectador, mas oferece em troca uma experiência cinematográfica profunda e tocante.

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[[link]]Cidade Baixa[[link]]

Cidade Baixa é um drama nacional intenso que explora principalmente as relações humanas em sua complexidade e fragilidade, ambientado em um cenário marcado pela marginalidade, violência e um triângulo amoroso.

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A trama acompanha Deco e Naldinho, dois amigos de infância que vivem de fretes e pequenos golpes usando o barco que compartilham. Tudo muda quando eles oferecem carona a uma stripper e, aos poucos, os dois acabam se apaixonando por ela, colocando em risco a amizade construída ao longo dos anos.

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O longa trata de temas delicados como prostituição, pobreza e a constante luta por sobrevivência nas periferias urbanas. Mesmo com 60% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme foi muito elogiado por sua cinematografia e pelas atuações intensas, que ajudam a transmitir o clima carregado de tensão emocional e conflito social que permeia toda a narrativa.

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[[link]]O Palhaço[[link]]

O Palhaço é um filme estrelado e dirigido por Selton Mello, sendo considerado uma das histórias mais humanas já contadas pelo cinema nacional. Assim como O Doutrinador, o longa não possui nota da crítica no Rotten Tomatoes, reflexo de um lançamento mais discreto, com pouco apelo popular, principalmente por ser uma obra de tom intimista e dramático. Ainda assim, conta com 80% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, um indicativo do seu valor emocional e artístico.

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A narrativa segue Benjamin e seu pai Valdemar, que formam uma dupla de palhaços, integrantes do Circo Esperança, que viaja pelo interior do Brasil levando alegria às pessoas. No entanto, Benjamin vive uma crise interna, questionando sua identidade e o sentido de sua existência, mesmo enquanto arranca sorrisos dos outros.

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Apesar de não ter alcançado grande sucesso comercial na época, O Palhaço é hoje reconhecido como uma das melhores obras do cinema brasileiro contemporâneo, tratando com sensibilidade temas como identidade, pertencimento e crise existencial em um cenário único.

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[[link]]Carandiru[[link]]

Carandiru não poderia ficar de fora dessa lista. Baseado no livro Estação Carandiru, do médico Drauzio Varella, o filme foi dirigido por Héctor Babenco e se tornou um dos longas mais marcantes do cinema nacional, contando com 67% de aprovação no Rotten Tomatoes.

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A história acompanha um médico que decide prestar atendimento voluntário dentro do presídio do Carandiru, em São Paulo, o maior da América Latina na época. Lá, ele entra em contato com os presos, seus dramas pessoais e com a realidade brutal do sistema carcerário brasileiro, até o desfecho do incidente de 1992.

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O filme é intenso e profundamente humano, oferecendo um retrato cru e impactante do sistema prisional. Apesar de receber algumas críticas por seu ritmo mais lento, Carandiru se destaca por suas atuações marcantes e por um final chocante e emocionante, sendo uma obra que vale o seu tempo.

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[[link]]7 Prisioneiros[[link]]

7 Prisioneiros é um dos filmes brasileiros mais recentes e impactantes da atualidade. A produção recebeu fortes elogios internacionais, foi selecionada para o Festival de Veneza e atualmente conta com uma das maiores notas entre os filmes nacionais, com impressionantes 98% de aprovação no Rotten Tomatoes.

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A trama segue Mateus, um jovem do interior que aceita um trabalho em São Paulo com a esperança de conquistar uma vida melhor. No entanto, ele e outros rapazes acabam sendo submetidos a um sistema de trabalho análogo à escravidão, enfrentando uma realidade opressora e brutal.

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Com atuações marcantes, o filme é duro, necessário e extremamente atual, denunciando uma realidade social muitas vezes invisível no Brasil. Um drama social que termina com um desfecho reflexivo.

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[[link]]Tudo Bem no Natal que Vem[[link]]

Tudo Bem no Natal que Vem é uma comédia natalina brasileira que se tornou um sucesso absoluto na Netflix. O longa conquistou o público com sua mistura de humor e emoção, e embora não conte com uma nota da crítica no Rotten Tomatoes, a avaliação do público é bastante positiva, com 82% de aprovação.

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A trama acompanha Jorge, um homem que detesta o Natal. Após sofrer um acidente inusitado, ele passa a acordar apenas no dia 24 de dezembro todos os anos, revivendo o feriado e perdendo todo o restante do ano, o que o obriga a repensar suas escolhas e sua forma de encarar a vida.

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O filme é divertido, criativo e também tocante. Leandro Hassum entrega uma das melhores atuações de sua carreira, e o roteiro consegue equilibrar comédia e emoção de forma inteligente. O final emociona e transmite uma mensagem bonita, tornando-se uma ótima opção para assistir com a família, especialmente no Natal.

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[[link]]Minha Mãe é uma Peça[[link]]

Minha Mãe é uma Peça é um fenômeno da comédia nacional, escrito e estrelado por Paulo Gustavo. Inspirado em sua própria mãe, o filme virou uma trilogia de sucesso e conquistou o Brasil com seu humor carismático e o retrato afetuoso da vida familiar. Sem uma nota da crítica no Rotten Tomatoes, o longa ainda assim ostenta 82% de aprovação do público.

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A história acompanha Dona Hermínia, uma mãe divorciada e superprotetora que vive às voltas com os filhos. Cansada das críticas, ela decide fugir de casa por um tempo e refletir sobre sua vida e sua importância na família.

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Com piadas rápidas e situações familiares com as quais muitos brasileiros se identificam, o filme é cômico e cheio de coração. Paulo Gustavo brilha em cena, com uma entrega cênica e um carisma únicos. Uma comédia que diverte, emociona e deixa uma mensagem calorosa, especialmente sobre o valor das mães no dia a dia.

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[[link]]Como nossos pais[[link]]

Como Nossos Pais é um drama sensível e profundo, muito premiado no Festival de Gramado e amplamente aclamado pela crítica, com impressionantes 100% de aprovação no Rotten Tomatoes.

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A trama acompanha Rosa, uma mulher que se vê sobrecarregada pelas pressões de ser mãe, filha, esposa e profissional. Em meio a crises familiares e existenciais, ela inicia uma jornada para reencontrar sua identidade e redescobrir seus próprios desejos.

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Com uma atuação marcante de Maria Ribeiro, o filme aborda temas como maternidade, feminilidade, liberdade e autocobrança de forma honesta e comovente. Um retrato intimista da mulher moderna, com um final que emociona e fala sobre recomeços, escolhas e reconciliação com quem realmente somos.

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[[link]]O Homem do futuro[[link]]

O Homem do Futuro é uma ficção científica nacional que, embora não tenha uma nota da crítica, conta com 72% de aprovação do público no Rotten Tomatoes. O filme se destaca por sua proposta original, misturando comédia, romance e viagem no tempo de maneira criativa e envolvente.

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A trama segue Zero, um cientista amargurado que, após um acidente em seu laboratório, tem a oportunidade de voltar ao passado e tenta corrigir os erros que cometeu, especialmente em relação ao seu amor perdido.

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Wagner Moura entrega uma performance carismática, e o roteiro se diverte com paradoxos temporais e situações inesperadas. O filme é divertido, inteligente e cheio de reviravoltas, oferecendo uma abordagem única do gênero de ficção científica no Brasil. O final, que traz uma resolução leve e otimista, fecha a trama de maneira satisfatória, mostrando que, mesmo com as tentativas de mudar o passado, há beleza no presente.

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[[link]]Estômago[[link]]

Estômago é um dos filmes mais únicos do cinema brasileiro, combinando gastronomia, crime e sobrevivência de maneira irônica e surpreendente. Dirigido por Marcos Jorge, o filme foi premiado internacionalmente e se tornou um clássico cult, embora não conte com uma nota da crítica, possui 86% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, o que demonstra sua força e apelo entre os espectadores.

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A trama segue Raimundo Nonato, um nordestino que chega à cidade grande em busca de uma vida melhor. Ele encontra seu caminho através da culinária, ascende de cozinheiro em um bar simples até se tornar chefe de cozinha em uma prisão, surpreendendo a todos com sua habilidade e inteligência, apesar de estar atrás das grades.

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O filme, com seu humor peculiar, mostra como o poder pode surgir de onde menos se espera, até mesmo de um simples prato de comida. Estômago é surpreendente, irônico e tem um final brilhante e inesperado que deixa o espectador refletindo sobre a natureza do poder e da sobrevivência. Uma verdadeira delícia cinematográfica, que merece ser mais apreciada pelo público brasileiro, sendo, sem dúvida, um dos melhores filmes nacionais já feitos.

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O que podemos esperar do cinema nacional daqui para frente?

O cinema brasileiro, embora muitas vezes não tenha a fama que merece, tem se destacado com grandes filmes que abordam temas relevantes e emocionantes. A prova disso não está apenas nesta lista, mas também com o recente vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional: Ainda Estou Aqui, ‍que reforça a qualidade e a relevância da produção nacional.

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Cada um desses filmes, com suas histórias diversas e complexas, vale o seu tempo. Seja para se distrair com uma narrativa leve ou para refletir de forma crítica sobre aspectos da sociedade brasileira, há sempre algo valioso a ser apreciado. O cinema nacional é uma verdadeira janela para a cultura do Brasil e fica claro que temos uma riqueza cinematográfica que merece ser mais reconhecida e com certeza tem ainda muito espaço para crescer e competir com grandes estúdios.

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