O Game Pass, especialmente para jogadores de países como o Brasil, é uma das melhores coisas que já surgiram. Com um preço acessível pago mensalmente, o serviço oferece acesso a uma enorme biblioteca de jogos, incluindo jogos day one, ou seja, no dia do lançamento. Isso é algo que nem a PS Plus oferece, apesar de ser mais cara.

‍

No entanto, uma questão levantada desde a criação do Game Pass é o quão sustentável esse modelo de negócios é para a indústria, já que os jogos são extremamente caros de serem produzidos. Disponibilizá-los em um serviço tão barato é obviamente mais atrativo para os jogadores do que pagar o preço cheio.

‍

Um bom exemplo disso foi o recente DOOM: The Dark Ages, que apesar de apresentar números altos de jogadores, a esmagadora maioria não comprou o jogo, optando por jogá-lo via Game Pass, já que ele estava disponível no dia do lançamento.

‍

Talvez essa questão não seja mais apenas uma teoria mercadológica, mas esteja se tornando um fato, especialmente após as recentes demissões em massa no Xbox, com mais de 9 mil funcionários desligados e projetos sendo cancelados.

‍

Quem trouxe esse debate à tona foi Raphael Colantonio, diretor da Arkane Studios, estúdio da Bethesda responsável por jogos como Deathloop e Prey.

‍

Em suas redes sociais, Colantonio afirmou:

‍

"Por que ninguém está falando do elefante na sala, COF COF (Game Pass)"

‍

Michael Douse, diretor da Larian Studios, estúdio responsável por Baldur’s Gate 3, também comentou o assunto. Em resposta a um seguidor, Colantonio afirmou que o Game Pass é “Insustentável e prejudicial para a indústria” e completou dizendo que “O Game Pass só é sustentado pelo dinheiro infinito da Microsoft e que isso eventualmente vai acabar”.

‍

Em suas palavras, Colantonio declarou:

‍

“Eu acho que o Game Pass é um modelo insustentável que vem prejudicando cada vez mais o setor há uma década, subsidiado pelo ‘dinheiro infinito’ da MS, mas em algum momento a realidade tem que bater. Não acho que o GP possa coexistir com outros modelos, ou eles matarão todos os outros ou desistirão.”

‍

O diretor da Larian Studios concordou, afirmando:

‍

“O que acontecerá quando todo esse dinheiro acabar?” é a preocupação mais vocal na minha rede e um dos principais motivos econômicos pelos quais as pessoas que conheço não mudaram para esse modelo de negócios. A questão do dinheiro infinito nunca fez sentido.”

‍

À primeira vista pode parecer exagerado o que estão dizendo, afinal, o Game Pass é atualmente o maior responsável pela democratização do acesso aos jogos, sobretudo a jogos AAA, seja com seus próprios lançamentos ou de terceiros.

‍

Porém, apesar de o Game Pass potencialmente ser um dos culpados, é importante lembrar que as demissões também aconteceram por conta do avanço da inteligência artificial, um setor que tem agradado os acionistas. E como toda empresa de capital aberto, o objetivo da Microsoft não é agradar clientes ou funcionários, mas sim os acionistas e apenas eles.

‍

Nós, da GameFoxHub ficaremos atentos às futuras novidades sobre a situação do Xbox, fiquem ligados!

‍

Fonte: Flow Games

‍

Confira também nossa matéria sobre o estúdio Romero Games.