Entrevista A.I.L.A: Com o Pulsatrix Studio
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Informações Básicas
Durante a gamescom latam de 2025 a equipe da GameFoxHub teve a oportunidade de conversar com Giovanna Franchini, Community Manager do Pulsatrix Studios, e Giulian Felipe, diretor sócio do estúdio e responsável pelo setor de áudio, sobre o A.I.L.A., novo projeto da desenvolvedora brasileira. Após o sucesso de Fobia – St.Dinfna Hotel, o estúdio retorna ao gênero do terror com uma proposta mais refinada e ambiciosa.
Na entrevista conduzida por Diego Perez, os desenvolvedores comentam sobre os desafios técnicos, o processo de produção, a recepção do público nacional e internacional e os aprendizados que estão sendo levados adiante para consolidar o Pulsatrix como referência em jogos de terror.
[[link]]Entrevista com Giovana Franchini e Giulian Felipe: Pulsatrix Studio[[link]]
GameFoxHub – Seu nome é?
Giovanna Franchini – Giovanna.
GameFoxHub – E o que você faz?
Giovanna Franchini – Sou a Community Manager do Pulsatrix Studio.
GameFoxHub – E você é?
Giulian Felipe – Giulian, diretor sócio da Pulsatrix Studios e sou responsável pela parte do áudio da empresa.
GameFoxHub – O projeto A.I.L.A durou quanto tempo? Desde os primeiros rascunhos sobre o jogo indo até o estágio atual, como está essa missão para o estúdio?
Giulian Felipe – Em torno de dois anos, dois anos e meio.
GameFoxHub – E o estúdio é de onde?
Giulian Felipe – O estúdio possui uma sede em São Paulo que está mais focada nas partes burocráticas, mas o nosso pessoal está espalhado pelo Brasil inteiro, sendo o Pulsatrix um estúdio 100% online.
GameFoxHub – Então imagino que o jogo que vocês produziram e o estado que ele se encontra agora não mostra toda a história dos desafios que vocês encontraram ao decorrer dos anos até chegar aqui. Vocês podem compartilhar o que foi mais difícil de "superar" e no que vocês continuam trabalhando para lidar com isso?
Giulian Felipe – O mais difícil para todos os desenvolvedores e estúdios é a Inteligência Artificial de combate, que é bem complexa e difícil de se fazer. Quando você desenvolve um jogo por turno tudo é mais controlado, diferente de um jogo "em tempo real". Lidamos com, por exemplo, o ataque de "grab"(agarrar/agarrão), que é quando o inimigo do jogo te ataca, e então quando você consegue fazer o inimigo soltar você. É aí onde acontecem os bugs: o inimigo atravessa uma parede, ou às vezes enrosca em um local onde não deveria. Portanto, a parte da inteligência artificial e o combate da I.A é algo que começamos a desenvolver logo cedo e até mesmo após o lançamento do jogo é algo que continuamos alterando e aprimorando.
GameFoxHub – E isso por meio de atualizações?
Giulian Felipe – Isso, A I.A sempre terá problemas, e é a parte mais desafiadora com toda certeza.
GameFoxHub – E atualmente, em qual fase A.I.L.A se encontra da sua produção?
Giulian Felipe – Está no processo final da produção. Estamos com a previsão de lançamento para o final desse ano (2025).
GameFoxHub – Essa é a primeira vez que vocês mostram algum jogo em uma feira/exposição?
Giovanna Franchini – Não, nós já temos um histórico com o próprio Fobia. 2018 foi a primeira vez que os diretores haviam feito alguma apresentação e eles pegaram aquela época que ainda tinha a avenida indie que era só aquele estande “2x2” no computador.
GameFoxHub – E isso na BGS?
Giovanna Franchini – Isso, na BGS de 2018. E na BGS de 2022 tivemos a oportunidade de ter o nosso próprio stand e mostrar o Fobia por lá. Mas de mostrar para todos os consumidores brasileiros, essa é a primeira vez que trazemos o A.I.L.A.
GameFoxHub – E como tem sido a recepção do A.I.L.A? O que vocês podem dizer o que o gamer brasileiro está achando do jogo?
Giovanna Franchini – O pessoal está amando. Todos estão gostando e comentando muito sobre a imersão do jogo, falando também de como a demo tem uma relação forte com puzzles. Tem sido algo bem gratificante de se ver.
Giulian Felipe – E o legal é que aqui temos a interação direta com o público e conseguimos ver em primeira mão o desempenho dos jogadores no nosso jogo e receber o feedback; e então levamos isso para todos e discutimos sobre as sugestões do público, se integramos ou não, se deixamos como está ou não.
GameFoxHub – E esse processo é muito semelhante ao de UX (Experiência do Usuário), vocês pegam a informação da melhor qualidade na fonte. Houve algum momento em que vocês pegaram algum bug ou coisa parecida durante as demonstrações nas feiras?
Giulian Felipe – Ah, já teve, isso sempre tem. E o pior é: a pessoa encontrou esse bug e você vai tentar reproduzir e nada acontece, aí você não sabe se isso é bom ou ruim. E agora? Como vou fazer para reproduzir esse bug? de onde ele está vindo?
GameFoxHub – Isso tira tempo do desenvolvimento e dos processos do jogo.
Giulian Felipe – Com certeza, sim.
GameFoxHub – E agora vocês estão assinados com a FireShine Games. Você poderia dizer como está sendo esse processo para vocês?
Giulian Felipe – Assinamos em 2023 foi na gamescom da Alemanha. Em 2024 nós já participamos do evento com a FireShine.
GameFoxHub – E como tem sido a recepção internacional do A.I.L.A?
Giovanna Franchini – A publicadora nos ajuda bastante a ajudar a estourar essa bolha do internacional, mas tem sido surpreendente ver que é uma forma bem positiva, as pessoas conseguem enxergar algumas referências que colocamos no jogo e que existem pessoas que nos conhece por conta do Fobia. Então assim, uma coisa é estar em âmbito nacional onde as pessoas falam – “pô é um jogo brasileiro” e já vão apoiando. O diferencial é ver o pessoal de outros países nos reconhecendo pelos nossos projetos, é incrível. Mas o nível de recepção tem sido o mesmo que o Brasil.
GameFoxHub – Aproveitando e falando sobre o Fobia, ele foi o primeiro projeto do estúdio?
Giovanna Franchini – Sim, Fobia foi o projeto que estreou o estúdio e fez ele acontecer.
GameFoxHub – E A.I.L.A? O jogo se "constrói" em cima do Fobia ou vocês quiseram fazer algo separado?
Giulian Felipe – Continuamos no nicho do terror e queremos nos especializar no ramo do terror e sermos reconhecidos por isso. E segundo: A.I.L.A é uma expansão do Fobia. Tudo o que acertamos no primeiro jogo tentamos aprimorar, e tudo o que erramos estamos tentando acertar. O combate está aprimorado e a qualidade do áudio também. Então, falando em “quesitos técnicos”: é um Fobia muito mais evoluído.
Giovanna Franchini – Só não é uma continuação do universo de Fobia.
Giulian Felipe – Isso. A narrativa de A.I.L.A é completamente diferente.
GameFoxHub – E vocês vão comparecer a gamescom de 2025 em Colônia (Alemanha)?
Giulian Felipe – Acreditamos que sim, há uma chance.
Giovanna Franchini – Ainda não temos nada confirmado, mas é uma possibilidade.
GameFoxHub – Vocês querem deixar mais algum comentário para o pessoal da GameFoxHub?
Giovanna Franchini – Adicionar o nosso jogo na lista de desejos da Steam ajuda demais a gente! A Steam tem um algoritmo que entende que se existe um número alto de pessoas adicionando o mesmo jogo na lista de desejos o próprio algoritmo passa a enviar esse jogo para outras pessoas que não chegaram a ver. Então quanto mais pessoas adicionando o jogo na lista de desejos, melhor!
Giulian Felipe – E queremos agradecer o pessoal que já ajudou também, que apoiou o projeto. Temos apoiadores do catar.se que estão podendo experimentar a demo aqui também e é um pessoal que já nos deu um suporte. Temos muito o que agradecer ao pessoal que já está nos ajudando e as futuras pessoas que ainda vão nos ajudar.
[[link]]A GameFoxHub conferiu A.I.L.A em primeira mão[[link]]
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A GameFoxHub experimentou a demo de A.I.L.A e as primeiras impressões foram as melhores. Há uma excelente qualidade nos efeitos sonoros e na ambientação. Os passos do personagem, as portas abrindo e rangendo. Tudo foi muito bem tratado e bem encaixado em cada aspecto que A.I.L.A aparenta trilhar. Para uma experiência mais imersiva o uso de fones de ouvido foi imprescindível.
A.I.L.A apresenta suas mecânicas ao jogador de forma orgânica, guiando o jogador a tomar as ações corretas, como usar um item específico para “alterar” a realidade e ter acesso a outros locais. A demo disponibilizada para a GameFoxHub analisar A.I.L.A entregou tudo e nenhum bug ou crash aconteceu durante as quase 1 hora e meia de jogo.
É importante ressaltar que A.I.L.A estava configurado em tela cheia e em uma placa NVIDIA GeForce RTX3060 de 12 GB de VRAM. Se você gosta de jogos de terror psicológico que fogem do padrão e ainda são produzidos por mãos brasileiras, A.I.L.A é um jogo que certamente merece a sua atenção.
Nota do Crítico
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